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NEUROLOGIA INFANTIL: QUANDO PROCURAR?

Síndrome de Down (Trissomia do 21)

Síndrome de Down (Trissomia do 21)

Síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição inerente à pessoa, portanto não se deve falar em tratamento ou cura. Entretanto, esta condição está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança.

Entre as características físicas associadas à trissomia do 21 (síndrome de Down) estão: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças e hipotonia muscular. Em geral, as crianças com síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico, mental e intelectual pode ser mais lento do que o de outras crianças da sua idade.

É essencial que bebês e crianças com síndrome de Down sejam acompanhadas desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais.

Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde o nascimento para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.

Paralisia Cerebral

Paralisia Cerebral

Paralisia Cerebral (PC) é a deficiência mais comum na infância, caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo.

Essas alterações são secundárias a uma lesão do cérebro em desenvolvimento e podem ocorrer durante a gestação, no nascimento ou no período neonatal, causando limitações nas atividades cotidianas.

Apesar de ser complexa e irreversível, crianças com PC podem ter uma vida rica e produtiva, desde que recebam o tratamento clínico e cirúrgico adequados às suas necessidades.

A reabilitação dos pacientes tem como objetivos contemplar o ganho de novas habilidades e minimizar ou prevenir complicações como, deformidades articulares ou ósseas, convulsões, distúrbios respiratórios e digestivos.

O tratamento requer a participação de uma equipe médica especializada: fisiatra, ortopedista, neurologista, pediatra e oftalmologista, além de uma equipe de reabilitação composta por fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico e nutricionista.

A equipe multidisciplinar pode melhorar muito a qualidade de vida e as atividades de vida diária. É importante que as capacidades de convívio social, de produção e de trabalho sejam reconhecidas, permitindo que tenham uma vida com mais autonomia e funcionalidade.

CEFALÉIAS E ENXAQUECAS

CEFALÉIAS E ENXAQUECAS

As cefaléias, ou dores de cabeça, são uma queixa frequente na criança e adolescente e a principal causa de absentismo escolar.

As crianças podem ter os mesmos tipos de dores de cabeça que os adultos mas as queixas são diferentes, principalmente na criança pequena.

Pela Classificação Internacional de Cefaleias, há critérios bem definidos para se caracterizar as tipos e características em Cefaléias primárias (não estão relacionadas com doenças) e Secundárias (relacionadas com problemas de saúde).

As cefaleias primárias mais frequentes na criança são a enxaqueca e a cefaleia tensional. As cefaleias secundárias são as relacionadas com os quadros febris associados a infecções viróticas. Pode ser o sintomas precoce de algumas condições neurológicas mais graves, como os tumores cerebrais.

Após avaliação pediátrica e neurológica, análise da agenda da dor e a realização de exames, o tratamento será instituído baseado na intensidade, frequência e impacto gerado na vida da criança.

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade)

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade)

É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por três sintomas básicos: desatenção, impulsividade e hiperatividade ou agitação motora.

A prevalência do TDAH gira em torno de 3 a 5% da população infantil do Brasil e de vários países onde o transtorno já foi pesquisado. Nos adultos, estima-se prevalência em aproximadamente 5%.

O diagnóstico deve ser realizado por um especialista utilizando testes baseados nos sintomas apresentados e avaliações clínicas.

O tratamento precoce do TDAH é fundamental e envolve psicoterapia estrutural e organizadora, medicação (quando necessário) e orientação para os pais e educadores.

Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O autismo, ou TEA, é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses.

No geral, a criança apresenta os seguintes sintomas:
* Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
* Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo;
* Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo).

Na forma qualificada como de baixa funcionalidade, a criança praticamente não interage, vive repetindo movimentos e apresenta atraso mental. O quadro provavelmente vai exigir tratamento pela vida toda.

Na média funcionalidade, o paciente tem dificuldade de se comunicar e repete comportamentos. Já na alta funcionalidade, esses mesmos prejuízos são mais leves, e os portadores conseguem estudar, trabalhar e constituir uma família mas pode apresentar problemas psicológicos e psiquiátricos ao longo da vida.

Não existem exames laboratoriais ou de imagem que ajudem a identificar o autismo. Em geral, o médico considera o histórico do paciente, a observação de seu comportamento e os relatos dos pais além da avaliação por terapeutas especializados.

Epilepsias

Epilepsias

Crises epilépticas estão entre as doenças neurológicas mais frequentes da infância. Pode ser um evento transitório, paroxístico e involuntário, que se manifesta por sinais e sintomas motores, sensitivos, sensoriais, autonômicos, psíquicos, com ou sem alteração da consciência, provocada por atividade neuronal síncrona e excessiva no tecido cerebral. A Epilepsia é uma doença cerebral caracterizada por pelo menos duas crises epilépticas não provocadas ou duas crises reflexas ocorrendo com um intervalo mínimo de 24 horas; ou uma crise epiléptica ou uma crise reflexa e risco de uma nova crise estimado em pelo menos 60%; ou diagnóstico de uma síndrome epiléptica.

Os tipos de tratamento variam de acordo com com o tipo de epilepsia desenvolvida pela criança — que pode ser benigna ou severa. Geralmente, especialistas recomendam o uso de medicamentos para neutralizar o efeito das crises, que podem variar o espectro de ação de acordo com a origem da crise, que pode ser parcial ou generalizada.

Quando as crianças apresentam uma síndrome que compromete o desenvolvimento motor ou cognitivo, é indicado tratamento multidisciplinar com terapia ocupacional, fisioterapia, sessões de fonoaudiologia e acompanhamento do desenvolvimento escolar.

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